Morro de amores

Você conhece Morro de São Paulo? Não, não fica em São Paulo, é na Bahia, e não é exatamente um morro, é uma ilha.

Conhece alguém que já foi lá? Eu já fui e conheço diversas pessoas que foram também. Todas voltaram apaixonadas.

Pôr do sol nas ruínas do forte

Pôr do sol nas ruínas do forte

De cima do morro

De cima do morro

Não é fácil dizer o que apaixona de verdade… se são os golfinhos, o pôr do sol, a vista de cima do farol, o mar quente, o banho de lama, o sossego da praça ou as festas na 2ª praia.

Ah, pois é, as praias mais conhecidas tem nomes bem simples. 1ª, 2ª, 3ª e 4ª!

  • 1 ª praia: logo na descida do morro, bem pequenina.
  • 2ª praia: a mais agitada, tanto de dia como à noite.
  • 3ª praia: concentra uma zona com pousadas um pouco mais caras e sossegadas.
  • 4ª praia: mais extensa e quase deserta, rende uma ótima caminhada para começar bem o dia.
Vista do Farol, da 1ª praia

Vista do Farol, da 1ª praia

A 4ª praia

A 4ª praia

Tiroleza do alto do farol, te arrisca? Lá embaixo 1ª, 2ª e 3ª praia

Tiroleza do alto do farol, te arrisca? Lá embaixo 1ª, 2ª e 3ª praia

Chega-se a Morro de São Paulo de barco ou avião (aqueles bem pequenos). Eu optei pelo barco saindo de Valença, que não passa por alto mar e tem um trajeto bem tranquilo, sendo a outra opção direto de Salvador pelo mar agitado.  Descendo de barco no trapiche chega-se direto na praça em cima do morro (que deve dar nome a ilha) onde estão algumas pousadas e restaurantes. Foi nessa praça que eu fiquei hospedada e me apaixonei por Morro.

A rede da varanda da pousada era um convite pra apreciar como vive aquela gente que mora isolada da confusão de uma grande cidade. As crianças vão e voltam da escola sozinhas e brincando por toda parte, já que não há carros por lá. À noite é possível escutar a música ao vivo de uns dos bares e tomar batidinhas de frutas que são combinadas formando um sabor indescritível.

A praça à noite

A praça à noite

Do outro lado da ilha, na praia da Gamboa, come-se uma deliciosa casquinha de siri nas barracas de beira de praia, mas é com muito siri e farofa. É lá o momento “eca” da ilha: banho de lama. Na verdade não é tão eca assim, o povo adora, só que eu perdi porque a maré tava muito alta.

O banho de lama acontece naquele paredão de argila

O banho de lama acontece naquele paredão de argila

Como chegar em Gili

As 3 pequenas ilhas vistas de cima

As 3 pequenas ilhas vistas de cima

A foto acima é de minha autoria… passei de avião sobre as ilhas e não pude deixar de registrar… elas são realmente pequenas… eu não estava tão alto assim. Da esquerda para direita estão Gili Trawangan, Gili Meno e Gili Air. Esse outro pedaço de terra à direita é Lombok.

Só que não foi de avião que eu cheguei lá, foi de barco, pela empresa Gilicat – http://www.gilicat.com/. O serviço é legal, te buscam de van e na volta te levam pro hotel de novo (claro que em determinadas regiões de Bali apenas).

A ida foi numa manhã bem tranquila, durante a hora e meia que fiquei no barco aproveitei pra ler meu livro e minha irmã até dormiu, mas a volta… céus! Em menos de 1 minuto a coisa já começou a incomodar, ou melhor, as coisas: as ondas! Eu avisei que de tarde o mar não era tão tranquilo e pra piorar, tenho certeza que tinha entrado um swell naqueles dias. 1 hora e meia pulando no mar, com ondão e direito a surf de lancha (sem falar numa mocinha que passou mal a viagem toda e não parava de pedir novos saquinhos – eca).

Sei que tem um outro barco maior que leva 6 horas e é mais barato também, mas acredito que cuidando as condições do mar, ninguém precise passar pelo o que eu passei e escolha o dia e horário certo pra pegar a lancha rápida.

Jimbaran

Não estou falando da famosa balada de Xangri-lá e sim da praia. A praia que dá nome a essa festinha tá lá em Bali e com um agito bem diferente.

Pôr do sol mega iluminado

Pôr do sol mega iluminado

A praia oferece pouca infra-estutura pra quem pretende aproveitar o dia, é quente de mais, sem sombra e poucos lugares tem guarda-sol. O forte mesmo são os restaurantes que espalham as mesas na areia mesmo. O ponto alto de Jimbaran é o fim de tarde, quando a praia extensa e sem ondas recebe milhares de turistas que vão apreciar o pôr do sol no mar e ficam para um delicioso jantar à luz de velas. É uma combinação de clima aconchegante e comida boa. Claro que o programa não tem nada de exclusivo, são dezenas de restaurantes e milhares de pessoas, mas garanto que todos bem acomodados. Em cada restaurante uma programação diferente, de shows de dança a bandas que vão de mesa em mesa (atrações boas ou nem tanto).

Este programa pôr-do-sol-mais-janta está entre um dos clássicos de quem vai a Bali. Eu gostei e repeti 😉

As mesinhas onde depois o povo janta

As mesinhas onde depois o povo janta

Os barcos dos pescadores

Os barcos dos pescadores

De dia quem toma conta da praia são os pescadores e os barquinhos deixam a paisagem bem colorida. Ah, olhem a foto abaixo e vejam… o que é aquilo em meio aos barcos??

Tão vendo ali?

Tão vendo ali?

O aeroporto de Bali é bem ao lado de Jimbaran, e a pista foi construída para dentro do mar.

Essa imagem se repete muuuuitas vezes ao dia

Essa imagem se repete muuuuitas vezes ao dia

O mar em Gili

O principal atrativo em Gili não poderia ser outro: o mar!

É difícil ficar longe dele. Eu nem mesmo andei nas ruas de dentro da ilha. Não faço idéia do que há naquelas bandas. Eu não fiquei só perto do mar, na verdade eu passei horas dentro dele. É uma delícia, é quente, limpo, clariiiiiinho e com muitos peixes pra serem vistos.

Alugar um kit de máscara, pé-de-pato e snorkel é super fácil e te garante horas de diversão ali mesmo em frente ao lugar onde se pega sol 😉 Vale a pena também dar a volta nas 3 ilhas de barco, parando em diversos pontos para mergulhar, com snorkel mesmo. O passeio dura umas 6 horas, com pausa para o almoço numa das outras ilhas. Pra quem curte fazer um mergulho com cilindro há diversas empresas especializadas na ilha, mas essa não é a minha praia.

A beira da praia, visto de dentro d´água

A beira da praia, visto de dentro d´água

Essa sou eu dentro d´água

Essa sou eu dentro d´água

Peixinhos na hora do almoço

Peixinhos na hora do almoço

O fundo do mar

O fundo do mar

Gili

As 3 pequenas ilhas que fazem parte de Lombok, ilha vizinha a Bali, são uma demonstração de como o paraíso pode ser. Ok, eu amo praia e por isso acho que no paraíso tem praia, mas é difícil não gostar de Gili.

Para chegar a Gili só de barco mesmo, eu fui de Bali pra lá numa lancha rápida que levou aproximadamente 1 hora e meia. O conjunto de ilhas é formado por Gili Meno, Gili Air e Gili Trawangan, essa última onde fiquei hospedada e curti dias maravilhosos.

Descendo no porto já se está no meio das pousadas e rapidinho é possível escolher entre várias opções de bungalows charmosos ou quartos bem simples. São ilhas pequenas, sendo possível dar a volta caminhando mesmo – por lá os meios de transporte disponíveis são a bicicleta e algumas charretes, mas eu acabei fazendo tudo a pé. Todos os dias a gente deveria agradecer por existir um lugar no mundo com água tão limpa, sem carros, comida saborosa… tudo-de-bom como Gili. Eu devo agradecer muito mais por ter ido até lá.

Gili encanta pela sua beleza e também pelo conforto à beira mar. Do café da manhã ao jantar é possível se atirar em espreguiçadeiras de bamboo ou enormes futtons, bastando escolher o melhor ponto da praia para cada momento. Durante o dia, o pessoal, especialmente os enormes grupos de australianos que frequentam a ilha, ficam em frente aos bares com música curtindo o sol e o mar por hooooooras.

Areia branca, mar azul

Areia branca, mar azul

Uma piscina, não?

Uma piscina, não?

O pôr do sol é um show a parte. Do local preferido dos banhistas não é possível ver o pôr do sol, mas dando uma caminhada para o outro lado da ilha chega-se a diversos bares preparados especialmente para te receber no fim de tarde. Nas tardes em que fiz isso, por indicação de um guia de viagem, me instalei no Karma Kayak e recomendo!

Gili é encantador e agrada solteiros, já que tem uma boa concentração de gente bonita, e casais, tendo programas pra todos os gostos (como isso é possível num espaço tão pequeno nem eu sei explicar). O astral do Karma Kayak é totalmente preparado pra casal. Espreguiçadeiras confortáveis, um lampião pra quando cessa a luz do sol e uma fogueira, tudo acompanhado de deliciosas tapas e muita Bintang.

O espetáculo dura um tempo considerável, já que as mudanças de cor no céu impressionam a cada minuto. É possível ver claramente o vulcão de Bali, que completa o visual divinamente. Como sou abençoada, a lua também mostrou seu valor 😉

Pôr do sol multicolorido

Pôr do sol multicolorido

O vulcão de Bali e a lua no canto superior direito

O vulcão de Bali e a lua no canto superior direito

Gili tem tantas coisas (e eu vou escrever muito mais) e surpreende muitas vezes. Só lá mesmo para eu ser acordada todas as madrugadas ouvindo orações. A ilha é muçulmana, como grande parte da Indonésia, e é possível escutar as orações na mesquita de quase toda a ilha, inclusive na madrugada. Claro que não dura a noite toda, eu chutaria uns 30 minutos, mas essa parte eu dispenso.

Alguns dias de silêncio

Viajar é algo que me faz tão bem, que desligo de quase toda a rotina. Os vinte e poucos dias viajando foram maravilhosos e teve um pouco de tudo: praia, cidade, ilha, carro, barco, avião, moto, peixe, camarão, lagosta, água quente, gelada, doce, salgada, sol, pôr do sol, calor, mar, ondas, surf, mergulho… O que rolou bem pouco foi acessar a Internet.

De volta ao mundo real, vou apanhar minhas anotações e publicar aos poucos o que se passou em Sydney, Bali, Sumbawa, Gili e, com uma participação especial no blog, G-Land.

Guarda do Embaú

O rio encontra o mar na Guarda do Embaú

O rio encontra o mar na Guarda do Embaú

Este post é completamente atemporal. A Guarda é minha velha companheira. Já fui pra lá pra fazer festa, curtir a praia, descansar, com a família, com os amigos, com o namorado e na última vez até o cachorro foi. Já aluguei casa, fiquei hospedada em pousada ou semi-muquifo, mas sempre gostei.

Eu não tenho praia preferida em Santa Catarina, mas acho a Guarda a mais bonita. O rio, o mar, os morros, os barquinhos…

É uma praia simples e diferente. Para chegar ao mar é preciso cruzar o rio da Madre de barco ou caminhando, o que em muitos casos acaba virando nado, já que algumas partes podem estar bem fundas. Os barquinhos são conduzidos pelos pescadores locais com uma vara de bambú e pela travessia eles cobram 2 reais por trecho por pessoa. Os barcos dão um colorido legal pra paisagem que mistura verde e azul do céu, do mar, do rio e da vegetação.

As ondas na Guarda também atraem muita galera, é uma das melhores pro surf em SC. O astral da praia é o de quem gosta de onda. Cada um na sua, pousadas e casa pra todos os gostos e bolsos, barzinhos com música ao vivo e uma galera bem tranquila na beira da praia a fim de curtir muito um lugar maravilhoso.

A travessia do rio da Madre

A travessia do rio da Madre

Os barquinhos que cruzam o rio

Os barquinhos que cruzam o rio

Meu primeiro post – Koh Phi Phi

Phi Phi Don

Koh Phi Phi é um daqueles lugares onde se chega e não se quer mais ir embora. Um complexo de ilhas na Tailândia, bem pertinho da movimentada Phuket, de onde se pega o barco para ir até lá, mas que é totalmente diferente. Não há carros ou motos (apenas barcos, carrinhos de mão para bagagens e algumas bicicletas), e as ruas são de areia ou com algum calçamento. Ótimo! É deste tipo de lugar que eu gosto. A viagem pra lá em fevereiro foi ótima, principalmente por ser a primeira de todos os irmãos juntos: eu, o Cristiano, a Jana e a candidata a caçula Rafa.

Visitamos juntos três ilhas (o Cristiano foi mergulhar em outra). Phi Phi Don é a única que possui infra-estrutura, como pousadas e hotéis. Ao chegar, escolhemos um quarto para quatro pessoas bem simples, mas com um item indispensável: ar-condicionado. O importante era ser perto da praia – Loh Dalam Bay – e ser barato – pagamos 1400 bath por dia, algo em torno de 70 reais para os quatro. Os preços lá são muito baixos, inclusive para brasileiros. O café da manhã continental sai por R$ 2, um almoço com um camarão delicioso, R$ 10, e uma hora da excelente massagem tailandesa, R$ 13. Todos estes serviços são encontrados aos montes na ilha.

Phi Phi Ley

Ficamos quase uma semana aproveitando sol, mar e muito calor. O mar é inacreditavelmente claro, mudando do azul pro verde, cada vez mais lindo. Ondas não existem naquele pedacinho do planeta. A vida dentro d´água é multicolorida e os peixes te cercam aos cardumes. Para se aventurar ao redor da ilha, ou nas outras em volta, os charmosos barcos de madeira dos moradores são ideais. Sempre simpáticos, os locais levam onde o turista pedir, bastando apenas combinar um valor e o horário para a volta. Para quem prefere algo mais organizado, é também possível encontrar muitas agências na ilha.

Phi Phi Ley

A volta de Phi Phi Don nos levou a praias semi-desertas, com bungalows rústicos e sempre com restaurantes de boa comida, além de um mergulho espetacular. Phi Phi Ley, a ilha mais próxima de onde nos hospedamos, é ainda mais fabulosa. Tem enormes paredões de pedra, muitos cobertos por uma vegetação extremamente verde e baías que deixam quem entra nelas “cercado” por estes paredões verdes. Após uma parada para mergulho, fomos a Maya Bay, a praia mais famosa da ilha, onde ficamos algumas horas aproveitando muito o banho de mar. Para finalizar o dia, nada como um pôr-do-sol em alto mar, não é?

Maya Bay, em Phi Phi Ley

A terceira ilha que visitamos chama-se Bamboo Island. No caminho, mais um mergulho. Ao chegar foi surpreendente encontrar a água ainda mais clara que nas outras duas ilhas e realmente quente. E o que mais tem lá? Trilhas como a que eu e a Rafa fizemos até o View Point, de onde é possível ver as duas baías de Phi Phi Don e ao fundo Phi Phi Ley, depois de escadarias que não acabam nunca. Barzinhos para ir à noite, onde se bebe cerveja gelada e é possível conhecer pessoas do mundo inteiro (os suecos são especialmente lindos). Locais para mergulhos, que são indispensáveis – fiz apenas snorkeling, mas o Cristiano foi ao fundo com cilindro. Massagem, que aproveitei todos os dias, às vezes apenas para os pés, em outras no corpo inteiro. Comidas diferentes, ótimas, mas com as quais é preciso tomar cuidado com a pimenta (o padrão deles é diferente do nosso, até o bahiano fica para trás no “quesito ardência”!). Além disso, tem que aproveitar muito a beleza que a natureza nos proporciona.

Bamboo Island

A parte difícil foi voltar, poderíamos aproveitar tudo de novo e procurar lugares novos para conhecer. Mas assim, quem sabe a gente não volta lá para mais um almoço na beira da praia, só os quatro irmãos?!

Este texto foi postado originalmente no ida&volta, blog da Tati Klix e um dos que me inspirou a fazer este aqui.