Pôr do sol no Guaíba

Cartão postal de Porto Alegre, o pôr do sol fica ainda mais bonito de dentro do rio*. Entre as ilhas da cidade a gente até esquece que está na capital do estado.

O dia das fotos foi aquele em que a lua estava mais próxima da Terra num período de sei lá quantos anos. As fotos jamais vão poder representar toda a magia do momento: o sol se pondo de um lado e a lua nascendo do outro. De qualquer jeito, deixo aqui o meu registro 😉

* não adianta, nunca vou chamar de lago!

Exercitando a preguiça

Quando o povo fala de Ilha Grande costuma dizer que lá se caminha muito, muuuuuito, muito mesmo. Comigo não foi assim, já que os barcos foram meus melhores amigos 😉

Como contei no post anterior, até tentei ir a Lopes Mendes a pé, mas não aguentei nem 30 minutos e dei meia volta – a trilha leva mais de 2 horas. Culpa do sol e calor! Quem sabe num dia nublado ou mais fresquinho eu não desista assim logo no início?!

O resultado disso é que fora os 3 passeios de barco eu não fui mais longe do que a Praia da Júlia, Praia Preta ou as ruínas do Aqueduto. Tava muito caloooooor!

Pela total ausência de fotos nesse post dá pra perceber que os lugares não chamam muita atenção. Difícil ser diferente, num lugar com natureza tão exuberante, as partes mais povoadas acabam perdendo um pouco da beleza.

Mas falando em disposição, ou na falta dela, juro que não entendo porque as pessoas se castigam indo até o Pico do Papagaio. Sério, com um mar delicioso daqueles, não tem como querer ficar longe pra caminhar horas no meio do mato – são aproximadamente 8 horas para ida e volta.

Será que eu tava preguiçosa de mais?

Lopes Mendes

O terceiro passeio que fiz em Ilha Grande foi pra conhecer a praia mais famosa da ilha e que dá o título a este post.
Quase que não chego lá! E olha que foram duas tentativas.

A primeira tentativa foi caminhando. No meio da manhã, num dia ensolarado de fevereiro, não foi uma boa ideia… em menos de meia hora de caminhada no meio do mato eu joguei a toalha e voltei tudinho!

No outro dia, último dia inteiro na ilha, acordo e está nublado 😦 bem nublado e com cara de chuva. Caminhei até a praia pra saber se os barcos fariam passeios naquele dia e quase todos foram cancelados, mas não os para Lopes Mendes. Seria um sinal? E o medo de andar de barco? E se vier uma tempestade?

Sem pensar, corri pra pousada pra pegar minhas coisas e embarcar no próximo barco. Sorte minha que não desisti. A segunda tentativa foi um sucesso, super tranquilo, um passeio de barco mesmo.

Depois de uns 30 minutos o barco para em Pouso e de lá ainda é preciso fazer uma caminhada de 20 minutos, mas sem dificuldade e muita sombra. Tá vendo minha sorte? Nessa hora as nuvens já eram minoria no céu 😀

Lopes Mendes

Muita sombra natural pra se esticar

Mas o dia não tava assim um espetáculo e acho que isso contrinuiu pra que eu não me apaixonasse pela praia. O mar tava bastante mexido, ruim pra tomar banho e sem onda pra quem quisesse surfar.

O calor me deixou com uma preguiça danada e quase criei raízes embaixo da copa de uma árvore. A minha falta de preparo ainda piorou um pouco a situação, não levei nada pra comer. Os poucos vendedores que apareceram só tinham bebida e biscoito.

Bora pegar a trilha e o barco de volta! Morrendo de fome…

E aí veio a supresa boa do dia. Na chegada nem dei muita bola pro lugar onde o barco tinha parado e já saí procurando a trilha pra Lopes Mendes. Na volta eu prestei mais atenção em Pouso e pude constatar que é mais uma praia que deveria ser aproveitada, pra curtir mesmo, não só de passagem. O mar é super claro e calmo, basicamente um lugar delicioso pra nadar algumas horinhas.

Pena que eu tava morrendo de fome…

Tranquilidade em Pouso

Vontade de não ir embora

Ilha Grande e sua natureza sem fim

O melhor da ilha sem dúvida está no que ela tem de natural. O mar como destaque, claro, mas também a vegetação farta e muitos bichinhos. Claro que tem os bichinhos inconvenientes, diferente dos queridos que mostrei nos posts anteriores, como mosquitos e as moças do tipo aí de baixo…

Uia

E aí fiquei com uma dúvida… Por que o povo gosta tanto de coisas artificiais? Sério, tem por tudo. Flor de plástico e bicho de qualquer coisa. Na pousada em que eu fiquei tinha um verdadeiro mundo encantado, cheio de duendes e miniaturas de cogumelos, sapos e mais um horror de coisas que até dava medo!

Na praia do Aventureiro, linda, não podia faltar um toque do tipo no boteco que paramos pro lanche. Dá uma olhada 😉

Adoram!

Agora, meia volta!

O passeio do segundo dia foi muito mais light do que a volta inteira pela ilha. Neste tour a gente não pega mar aberto e passa muito mais tempo na água do que na lancha. A primeira parada é uma das melhores: Lagoa Azul. A cor da água é um verdadeira azul-piscina. Pra melhorar um pouco, foi só colocar a cabeça dentro d’água que vi uma tartaruguinha nadando perto de mim. Desta vez além de alguns cliques fiz um vídeo que ficou muito fofo!!!

Lagoa Azul

A lancha para num lugar que se parece com uma grande piscina mesmo e onde não há faixa de areia por perto. Ao sair dali passamos por outras partes com várias pequenas praias de areia branca e água tão clara quanto, isso bem próximo de onde mergulhamos. Pra quem vai com seu próprio barco ou aluga um privativo, acho que vale muito a pena passar um tempo nessas prainhas menos movimentadas.

Isso sim é azul piscina!

Olá!

Logo em seguida paramos para ver um helicóptero naufragado, que é um famoso ponto de mergulho, mas de snorkel é bem sem graça.

E rumo a Lagoa Verde mais uma vez!

O que sobrou do helicóptero

Quanta diferença… A água fica mais clara com o sol a pino sim, mas a quantidade de gente atrapalha bastante. É ali que as escunas com cerca de 300 passageiros fazem a primeira parada do dia e chegam mais ou menos junto com as lanchas, que estão na terceira parada já. É espaguete pra tudo que é lado!!!

Em seguida, a parada pro almoço, que foi uma comilança como no primeiro dia. Tem peixes e frutos do mar pra todos os gostos. O único problema é que depois dá uma preguiça sem tamanho e ao chegar na Praia do Amor, dentro do Saco do Céu, teve até quem foi tirar uma soneca.

O Saco do Céu é uma baía enorme com diversas praias e tem esse nome porque em noites de céu limpo o mar reflete as estrelas lindamente.

Praia do amor

Mesmo com toda preguiça a nossa parada não durou muito porque avistamos golfinhos bem perto, dentro do Saco do Céu mesmo, e fomos ver mais de perto. Incrível como eles não se importam com as lanchas e ficam nadando em volta. Fofinhos!

Novos amigos

😉

No fim ainda paramos na praia da Feiticeira, que é bem pequena, bonitinha e tal, mas nada de incrível e com um defeitinho. Ela é bem famosa e vai muita gente pra lá. Tem barco bem barato saindo de Abraão e o movimento de gente e de barcos tira grande parte do charme do lugar.

Nem sempre é fácil fazer compras

Em Abraão, pra comprar gelo, só a nado!

A lojinha

Brincadeirinha, tem no mercadinho também. Mas esse aí é o posto de abastecimento oficial das geladeiras das lanchas. Além de gelo tem várias bebidas pra vender e garantir um dia inteiro de refresco – já que o sol pega pesado na cabeça da galera.

Dando a volta na ilha

A maneira mais prática e rápida de conhecer toda Ilha Grande é dando a volta em torno dela de lancha. Claro que não se conhece toda, afinal são mais de 80 praias, mas dá pra ter uma ideia bem boa.

Imaginem o meu nervosismo na hora de tomar coragem e entrar na lancha. Eu sabia que não ia andar só pro lado que fica em frente ao continente, com mar abrigado e sem ondas. Grande parte dessa volta é na parte da ilha virada pra mar aberto, passando por diversas praias com onda. Durante o passeio descobri que também passamos perto das pedras… socorro!

Pra minha sorte esse verão foi bem flat no Rio de Janeiro e o passeio foi quase tranquilo – quase porque sou bem fiasquenta e não fico exatamente relaxada andando de lancha em lugar algum. No início até deu uma balançada considerável, mas bora encarar que a recompensa parece ser boa.

A primeira parada foi na praia do Caxadaço, uma das mais bonitas da ilha. Bem pequena e escondida entre as pedras e morros da ilha. Por ali não tem onda, é como uma grande piscina, água clarinha, ótima para nadar, se refrescar e ver tartarugas. De cima das pedras dá pra ver algumas.

No Caxadaço

Em seguida paramos numa praia com ondas, mas não lembro o nome. Tem um rio bem bom no cantinho da praia para um mergulho na água doce, ótimo para tirar o sal. Só que acaba que não resolve muito, já que depois tu é obrigado a nadar no mar até a lancha, inclusive passando por umas ondinhas maiores!

Mais algumas paradas e com certeza o ponto alto é a praia do Aventureiro, famosa pelo seu coqueiro deitado. A praia é super extensa e tem alguns campings para quem quiser ficar. A cor da areia e da água fazem uma combinação daquelas de sonho. O que é muito legal em Ilha Grande é que em todas as praias existe sombra natural, já que em todas há uma grande quantidade de árvores bem próximas ao mar.

O famoso coqueiro

Eu curti o barquinho...

Algumas praias depois paramos para o almoço e depois disso achei que não teria mais disposição pra nada, mas foi só chegar na Lagoa Verde pra não resistir e logo me atirar na água. Fora os dois barquinhos aí de baixo (não vi pessoas) o movimento tava todo dentro d’água.

Lagoa Verde

Dentro mesmo. Olha quem me acompanhou no mergulho: duas tartarugas simpáticas que vieram dar um alô. Foi muita sorte, entre saltar da lancha e encontrá-las foram poucos minutos. As fotos estão um pouco escuras por causa da falta de luz em função do horário.

Olá dona Tarta!

É bem emocionante encontrar uma tartaruga nadando

Essa aqui eu acho que já é a outra

Tchauzinho!

Para fechar o dia, o pôr do sol lindo na Lagoa Azul.

Ah, essas lagoas não são lagoa coisa nenhuma, viu? É mar abrigado e bem calminho, por isso o nome.

Lagoa Azul

Ilha Grande

Fazia tempo que eu queria ir pra Ilha Grande. Quando teus irmãos e uma mais penca de amigos já foi, sendo que todos amaram, chega a dar uma angústia de não conhecer um lugar tão perto.

É perto, mas nem tanto. De Porto Alegre não dá pra ir num final de semana e mesmo num feriado de 4 dias fica apertado.

Fevereiro, verão, alta temporada…. não é a melhor época pra viajar no Brasil, mas como eu ia tirar alguns dias de férias e precisava ir ao Rio de Janeiro, foi um ótimo momento pra conhecer a ilha.

Do Rio de Janeiro fui de ônibus até Conceição do Jacareí, que tem a menor distância até a vila de Abrãao – a maior e mais famosa de Ilha Grande – e que me faria ficar menos tempo dentro de um barco 😉 .

Não tinha pousada reservada, mas fiz uma pesquisa antes e sabia que várias tinham vagas e o valor aproximado delas. Abraão é bem pequeno, andei uns 100 metros, olhei umas 4 pousadas e deu! Tudo estava ali coladinho: restaurantes, agências de turismo, a praia…Num dia até nos obrigamos a caminhar um pouco mais longe pra conhecer outras ruas da ilha.

A melhor maneira de conhecer Ilha Grande é de lancha, fazendo um passeio por dia. E é assim que vou contar como foram meus dias lá, mostrando cada dia de passeio.

Bem-vindos a Ilha Grande

Opa, voltei!

Estava de férias, já faz uns dias que acabaram, mas é aí que o bicho pega… muita coisa pra fazer na volta!

Férias não é exatamente motivo pra não escrever no blog, mas tem tanta coisa mais legal pra fazer, que parar pra ficar na frente do computador fica quase em último lugar na lista de prioridades.

Foram poucos dias, mas muitas aventuras – pelo menos pra mim. Eu adoro viajar, mas não gosto de avião e tenho pavor de qualquer meio de transporte na água. A viagem de avião não teve nada de mais, afinal foi até o Rio de Janeiro, rapidinho. Já de barco e lancha eu posso ficar longe por alguns meses!

O destino principal das férias foi Ilha Grande, em Angra – RJ, e lá curti muita praia e andei muuuuito de barco. Antes disso fiquei uns dias em Búzios, que é lindo, mas muito melhor fora da alta temporada – e que água gelada, hein?!

Umas pedrinhas no caminho

Nem só de coisas boas é feita uma viagem. E acho que foi por isso que não consegui escrever sobre Itacaré logo na volta da viagem. Não voltei com aquela empolgação sabe?

Como já tinha ido a Itacaré uns anos antes, sabia que o melhor era ter um carro lá. Tendo um carro poderia ficar em qualquer lugar e conhecer todas as praias que gostaria.

Planejei para chegar lá durante a tarde e procurar uma pousada, já que o checkout costuma ser ao meio dia. Cheguei num domingo ou segunda, não lembro, e ficaria até sábado. Encontrei diversas opções com os preços lá em cima… janeiro, alta temporada, não tem o que fazer.

Aí escolhi a que achei o melhor custo-benefício, fiquei na pousada Naínas, que entre as de mesmo valor era a única que tinha piscina, o que seria ótimo ao voltar de uma trilha (Itacaré ferve no verão). Porcaria de decisão!!!

O problema foi que após a terceira noite (seriam 5), antes do café da manhã, a dona nos pediu que saíssemos do quarto porque tinha outra reserva. Como assim??? Não vale a pena colocar aqui um diálogo ridículo, mas segunda ela, gente que viaja sem reserva é aventureiro e tá aberto pra esse tipo de problema. Além disso, reservas por e-mail tem prioridade – claro, pagam mais. Não adiantou nem perguntar se ela se lembrava de ter baixado o valor pra gente justamente por ficarmos 5 noites.

Negócio é que a coisa ficou cada vez mais absurda e pagamos menos ainda do que o combinado. Oi? Será que alguém viu que errou?

A essas alturas as minhas outras opções já estavam lotadas e perdi algumas horinhas procurando uma nova pousada. Claro que fiquei traumatizada com essa coisa de viajar na alta temporada e confio menos nas pessoas. Também não vou generalizar, mas certamente terei mais cuidado nas próximas.