Alguém sabe qual o mais bonito?

O pôr do sol me fascina e até uma tag para isto eu tenho aqui no blog. É um momento especial do dia, que faz com que muitas vezes a gente fique ali paradinho só observando sem se preocupar com mais nada. Praticamente um momento de hipnose.

Claro que não é só o sol a “estrela da festa”. O céu que muda de cor, o lugar onde tu está ou onde ele vai se esconder também são pontos fundamentais.

Sempre tive muita vontade de ver o sol se pondo no mar e sempre vinha o Pacífico na minha cabeça. A primeira vez sabe onde foi? Ilha de Páscoa! Achei aquele o mais lindo do mundo!

Gosto desta foto por mostrar 3 altares bem pertinho

O tempo passa, a gente viaja um pouco mais e se depara com outros que passam a ser os mais bonitos… sim, eu já senti isso várias vezes. Claro que o estado de espírito e as companhias fazem diferença. Este ano tive quase uma overdose de pôr do sol na viagem a Bali, mas em nenhum momento deixei de curtir cada momento.

Acho que qualquer pessoa que goste de tirar fotos tem um milhão delas de pôr do sol em diversos lugares. Brincando com algumas fotos essa semana, não podia deixar de lado uma de pôr do sol… a escolhida foi essa aí embaixo, em Gili.

Dá pra ver na minha cara a felicidade, né?

Moro numa cidade quem tem o pôr do sol como cartão postal. Porto Alegre adora exaltar a beleza do seu pôr do sol no Guaíba que conforme a época do ano deixa o céu com cores bem diferentes. Olhando as fotos abaixo tem como negar que realmente ele é um show? (essas fotos não foram editadas)

Tá pegando fogo

Na terra dos gremistas e colorados, o céu mistura azul e vermelho

Agora clica aqui e vai ver os outros que já assisti (espetáculo a gente assiste, não?).

Como chegar em Gili

As 3 pequenas ilhas vistas de cima

As 3 pequenas ilhas vistas de cima

A foto acima é de minha autoria… passei de avião sobre as ilhas e não pude deixar de registrar… elas são realmente pequenas… eu não estava tão alto assim. Da esquerda para direita estão Gili Trawangan, Gili Meno e Gili Air. Esse outro pedaço de terra à direita é Lombok.

Só que não foi de avião que eu cheguei lá, foi de barco, pela empresa Gilicat – http://www.gilicat.com/. O serviço é legal, te buscam de van e na volta te levam pro hotel de novo (claro que em determinadas regiões de Bali apenas).

A ida foi numa manhã bem tranquila, durante a hora e meia que fiquei no barco aproveitei pra ler meu livro e minha irmã até dormiu, mas a volta… céus! Em menos de 1 minuto a coisa já começou a incomodar, ou melhor, as coisas: as ondas! Eu avisei que de tarde o mar não era tão tranquilo e pra piorar, tenho certeza que tinha entrado um swell naqueles dias. 1 hora e meia pulando no mar, com ondão e direito a surf de lancha (sem falar numa mocinha que passou mal a viagem toda e não parava de pedir novos saquinhos – eca).

Sei que tem um outro barco maior que leva 6 horas e é mais barato também, mas acredito que cuidando as condições do mar, ninguém precise passar pelo o que eu passei e escolha o dia e horário certo pra pegar a lancha rápida.

Um pouco mais de Gili

Gili também é famosa pela ausência de policiamento. Se na Indonésia o porte ou consumo de drogas tem uma punição severa, dizem que nessas 3 pequenas ilhas o risco é mínimo.

Juro que não vi ninguém que parecesse sob efeito de algum tipo de droga ilícita, mas as plaquinhas estão lá pra todos verem. Das mais simples às super criativas.

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Comendo em Bali

Eu sou comilona :-D. E programa obrigatório em viagens é comer o que o povo de lá come ou nos oferece (mas nem tudo). Em Bali eu me dei muito bem.

Um dos pratos oficiais é arroz frito com frutos do mar e um ovo frito por cima, pode ser de massa também ou apenas com vegetais. Essa é de longe a comida mais popular e barata e qualquer warung tem. Sempre apimentado, mesmo que na hora de pedir a gente diga “no chilli” – não tem jeito! Depois de uns dias cansa e nem variar entre arroz e massa adianta, já que o tempero é sempre o mesmo.

A foto abaixo é de um autêntico Nasi Goreng (o arroz), que todo tapado pelo ovo fica com um visual estranho. A versão com massa é chamada de Mi Goreng.

Nasi Goreng

Nasi Goreng

Tradicional também é o maravilhoso barbecue de frutos do mar. Na maioria dos restaurante é possível escolher cada peixe, camarão e outras delícias que se quer comer. Depois de escolhido, o assador espalha tudo na grelha. A nós, resta comer até cansar com uma variedade de molhos que são oferecidos como acompanhamento.

Escolhendo os peixes

Escolhendo os peixes

Vai um camarão?

Vai um camarão?

Lagostas

Lagostas

As imagens acima são de um restaurante em Jimbaran. A vontade de comer era tanta que nem tirei foto do resultado final. Dias depois lembrei disso em Gili e tirei a foto abaixo.

Uma amostra do prato pronto

Uma amostra do prato pronto

Mas comer em Bali não precisa se restringir às comidas locais. Aproveitando que é um lugar super barato, a gente pode apostar em outras especialidades. Eu, que adoro uma comida japonesa, não podia deixar de provar um maravilhoso sashimi de peixes que a gente nem deve ter por aqui. Particularmente, eu só conhecia o atum, mas os outros estavam deliciosos também.

Delícia de sashimi

Delícia de sashimi

Ah, falando em preços, na beira da praia em Jimbaran, o barbecue, que tinha peixe, camarão gigante, lagosta e muita cerveja, saiu uns R$ 35,00 por pessoa. A janta japonesa com entrada, sushi e sashimi até cansar, sobremesa e cerveja, deu R$ 30,00. Já os tradicionais Mi Goreng e Nasi Goreng custam em média R$ 5,00.

O mar em Gili

O principal atrativo em Gili não poderia ser outro: o mar!

É difícil ficar longe dele. Eu nem mesmo andei nas ruas de dentro da ilha. Não faço idéia do que há naquelas bandas. Eu não fiquei só perto do mar, na verdade eu passei horas dentro dele. É uma delícia, é quente, limpo, clariiiiiinho e com muitos peixes pra serem vistos.

Alugar um kit de máscara, pé-de-pato e snorkel é super fácil e te garante horas de diversão ali mesmo em frente ao lugar onde se pega sol 😉 Vale a pena também dar a volta nas 3 ilhas de barco, parando em diversos pontos para mergulhar, com snorkel mesmo. O passeio dura umas 6 horas, com pausa para o almoço numa das outras ilhas. Pra quem curte fazer um mergulho com cilindro há diversas empresas especializadas na ilha, mas essa não é a minha praia.

A beira da praia, visto de dentro d´água

A beira da praia, visto de dentro d´água

Essa sou eu dentro d´água

Essa sou eu dentro d´água

Peixinhos na hora do almoço

Peixinhos na hora do almoço

O fundo do mar

O fundo do mar

Gili

As 3 pequenas ilhas que fazem parte de Lombok, ilha vizinha a Bali, são uma demonstração de como o paraíso pode ser. Ok, eu amo praia e por isso acho que no paraíso tem praia, mas é difícil não gostar de Gili.

Para chegar a Gili só de barco mesmo, eu fui de Bali pra lá numa lancha rápida que levou aproximadamente 1 hora e meia. O conjunto de ilhas é formado por Gili Meno, Gili Air e Gili Trawangan, essa última onde fiquei hospedada e curti dias maravilhosos.

Descendo no porto já se está no meio das pousadas e rapidinho é possível escolher entre várias opções de bungalows charmosos ou quartos bem simples. São ilhas pequenas, sendo possível dar a volta caminhando mesmo – por lá os meios de transporte disponíveis são a bicicleta e algumas charretes, mas eu acabei fazendo tudo a pé. Todos os dias a gente deveria agradecer por existir um lugar no mundo com água tão limpa, sem carros, comida saborosa… tudo-de-bom como Gili. Eu devo agradecer muito mais por ter ido até lá.

Gili encanta pela sua beleza e também pelo conforto à beira mar. Do café da manhã ao jantar é possível se atirar em espreguiçadeiras de bamboo ou enormes futtons, bastando escolher o melhor ponto da praia para cada momento. Durante o dia, o pessoal, especialmente os enormes grupos de australianos que frequentam a ilha, ficam em frente aos bares com música curtindo o sol e o mar por hooooooras.

Areia branca, mar azul

Areia branca, mar azul

Uma piscina, não?

Uma piscina, não?

O pôr do sol é um show a parte. Do local preferido dos banhistas não é possível ver o pôr do sol, mas dando uma caminhada para o outro lado da ilha chega-se a diversos bares preparados especialmente para te receber no fim de tarde. Nas tardes em que fiz isso, por indicação de um guia de viagem, me instalei no Karma Kayak e recomendo!

Gili é encantador e agrada solteiros, já que tem uma boa concentração de gente bonita, e casais, tendo programas pra todos os gostos (como isso é possível num espaço tão pequeno nem eu sei explicar). O astral do Karma Kayak é totalmente preparado pra casal. Espreguiçadeiras confortáveis, um lampião pra quando cessa a luz do sol e uma fogueira, tudo acompanhado de deliciosas tapas e muita Bintang.

O espetáculo dura um tempo considerável, já que as mudanças de cor no céu impressionam a cada minuto. É possível ver claramente o vulcão de Bali, que completa o visual divinamente. Como sou abençoada, a lua também mostrou seu valor 😉

Pôr do sol multicolorido

Pôr do sol multicolorido

O vulcão de Bali e a lua no canto superior direito

O vulcão de Bali e a lua no canto superior direito

Gili tem tantas coisas (e eu vou escrever muito mais) e surpreende muitas vezes. Só lá mesmo para eu ser acordada todas as madrugadas ouvindo orações. A ilha é muçulmana, como grande parte da Indonésia, e é possível escutar as orações na mesquita de quase toda a ilha, inclusive na madrugada. Claro que não dura a noite toda, eu chutaria uns 30 minutos, mas essa parte eu dispenso.

Alguns dias de silêncio

Viajar é algo que me faz tão bem, que desligo de quase toda a rotina. Os vinte e poucos dias viajando foram maravilhosos e teve um pouco de tudo: praia, cidade, ilha, carro, barco, avião, moto, peixe, camarão, lagosta, água quente, gelada, doce, salgada, sol, pôr do sol, calor, mar, ondas, surf, mergulho… O que rolou bem pouco foi acessar a Internet.

De volta ao mundo real, vou apanhar minhas anotações e publicar aos poucos o que se passou em Sydney, Bali, Sumbawa, Gili e, com uma participação especial no blog, G-Land.