Já ouviram falar em Sumbawa?

A Indonésia é composta por mais de 18 mil ilhas e conhecer todas acredito ser praticamente impossível! Dentre as que conheci em junho deste ano está Sumbawa.

Mas o que eu fui fazer lá? Fui por causa das ondas, não é óbvio? Claro que pra mim e pra quem não é surfista isso não é nem um pouco óbvio, já que nunca ouvimos falar, mas viajar acompanhada tem dessas diferenças, tu faz coisas que jamais escolheria fazer.

Foi na ida a Sumbawa que tirei a foto de Gili de dentro do avião. O vôo de aproximadamente 40 minutos é tranquilo e o avião nem sobe muito.

O lugar não é muito turístico e a população é extremamente pobre. Acredito que grande parte viva da plantação de arroz, que marca a paisagem da ilha. Foi lá que estive no meio de uma população muçulmana pela primeira vez (ou seria a única?) e pude perceber diferenças chocantes na cultura. Como esperado, mesmo com temperaturas elevadíssimas quase todas as mulheres usam um lenço cobrindo a cabeça, além de roupas que escondem bastante o corpo.

Meu destino em Sumbawa foi Lakey Peak, o ponto mais famoso pra surf lá, com vários picos bem próximos uns dos outros. O trajeto de carro do aeroporto até o hotel foi uma aventura (o da volta nem se fala). O motorista parecia não se dar conta que a rua era um tanto perigosa para a velocidade que andava – rua estreita e com muita gente em volta, além de bichos, bicicletas, arroz secando…

Mas por que eu achei chocante a diferença de cultura? Acho que Lakey Peak foi o lugar mais quente que já estive até hoje e o mar é clariiiinho, em diversos locais formam-se piscinas com água bem quentinha. Só que o povo não costuma tomar muito banho de mar e quando fazem isso estão de roupa. Quando eu e minhas amigas resolvemos ficar na beira da praia pegando  sol não foi muito agradável… diversos homens ficaram tirando fotos nossas e nos olhando como se fôssemos seres de outro mundo. Um experiência diferente e que não me fez sentir bem.

A estrada passa pelo meio das cidades

A estrada passa pelo meio das cidades

As casas são coladas na estrada

As casas são coladas na estrada

Ficava um pouco pior quando apareciam uns bodes

Ficava um pouco pior quando apareciam uns bodes

Como chegar em Gili

As 3 pequenas ilhas vistas de cima

As 3 pequenas ilhas vistas de cima

A foto acima é de minha autoria… passei de avião sobre as ilhas e não pude deixar de registrar… elas são realmente pequenas… eu não estava tão alto assim. Da esquerda para direita estão Gili Trawangan, Gili Meno e Gili Air. Esse outro pedaço de terra à direita é Lombok.

Só que não foi de avião que eu cheguei lá, foi de barco, pela empresa Gilicat – http://www.gilicat.com/. O serviço é legal, te buscam de van e na volta te levam pro hotel de novo (claro que em determinadas regiões de Bali apenas).

A ida foi numa manhã bem tranquila, durante a hora e meia que fiquei no barco aproveitei pra ler meu livro e minha irmã até dormiu, mas a volta… céus! Em menos de 1 minuto a coisa já começou a incomodar, ou melhor, as coisas: as ondas! Eu avisei que de tarde o mar não era tão tranquilo e pra piorar, tenho certeza que tinha entrado um swell naqueles dias. 1 hora e meia pulando no mar, com ondão e direito a surf de lancha (sem falar numa mocinha que passou mal a viagem toda e não parava de pedir novos saquinhos – eca).

Sei que tem um outro barco maior que leva 6 horas e é mais barato também, mas acredito que cuidando as condições do mar, ninguém precise passar pelo o que eu passei e escolha o dia e horário certo pra pegar a lancha rápida.

Alguns dias de silêncio

Viajar é algo que me faz tão bem, que desligo de quase toda a rotina. Os vinte e poucos dias viajando foram maravilhosos e teve um pouco de tudo: praia, cidade, ilha, carro, barco, avião, moto, peixe, camarão, lagosta, água quente, gelada, doce, salgada, sol, pôr do sol, calor, mar, ondas, surf, mergulho… O que rolou bem pouco foi acessar a Internet.

De volta ao mundo real, vou apanhar minhas anotações e publicar aos poucos o que se passou em Sydney, Bali, Sumbawa, Gili e, com uma participação especial no blog, G-Land.

Planejamento já era!

É tão bom poder planejar, combinar, preparar…
De repente uma mudança que parece pequena altera tudo: tamanho da mala, tipo de roupa, duração da viagem, orçamento… e o meu estado de espírito. Fiquei nervosa!
A melhor parte é que vou conhecer Sydney e dar um tempinho entre um vôo e outro.

Contratempos

Existe viagem sem contratempos? Entre uns e outros:

  • Já tive que aguentar alguns dias de chuva na Bahia e quase ficar ilhada – isso, numa ilha mesmo.
  • Tava tri a fim de dar umas voltinhas de trem pela China quando as linhas congelaram – hein?
  • Passei mal num vôo porque comi um sanduíche de lombo e passo mal quando como porco – maldito lanchinho.

No fim, todas as viagens foram maravilhosas, mas não dava pra pular algumas partes bem chatinhas e que te fazem perder uma boa parte do tempo?

Coisas boas que vou descobrindo

Ainda sobre os preparativos para Bali, estou bem nos seguintes pontos:

Dizem que a melhor época é de abril a setembro, a estação seca, sendo que de julho a setembro tem muito turista europeu, americano e japonês – eu vou em junho.

Esta é também a melhor época para ondas.

O inglês é altamente falado lá e eu me dou bem nesse idioma.

O dólar deu uma caidinha essa semana, isso é bom pra qualquer viajante.

O avião do vôo de Buenos Aires para Sidney tem configuração 2-4-2. Assim eu e o excelentíssimo vamos viajar na janela (como eu quero) e no corredor (como ele quer) e mais ninguém para atrapalhar.

Por sinal, já falei meu trajeto? POA-BUE-AUK-SID-DPS. Pinga-pinga!!! E nada de curtir as cidades das paradas, é o aeroporto e só.