Me faz companhia?

Fugindo totalmente do meu assunto do momento (Bali), eu gostaria de dizer que a vida com trilha sonora é muito melhor.

Música pra mim é a maior criação da humanidade (que dramática). É impressionante o efeito que tem sobre mim, seja uma música boa, ruim ou algo agitado – que faz com que eu me agite também. Há alguns dias eu voltei a usar o mp3 player durante o trabalho e isso tem me feito trabalhar muitoooooo mais leve 😉

Eu, no mundo da lua, viajando.

O que eu gosto muito mais do que escutar uma música assim, é ir a shows. Porto Alegre tem tido muita oferta e nem sempre eu aproveito – o dia não é bom, o preço não ajuda, eu faço pouco caso – e me arrependo, claro!E o mundo então? Cheio de opções entre boas, ótimas e maravilhosas.

Viajar só pra ver um show é algo que me agrada muito e por isso já faz alguns anos que fico “planejando” uma viagem dedicada à música. Ainda não descobri qual o melhor destino. Seria a Califórnia? New York? Um apanhado de países da Europa?

Os artistas que gostaria de ver são aqueles populares mesmo, nada de diferente, grupos que até já vieram ao Brasil, mas sabe-se lá quando virão de novo. Entre os problemas pra fazer essa viagem está a compra dos ingressos… geralmente são vendidos e se esgotam meeeeeeeeses antes. Em junho quando estive na Austrália, os ingressos para o show do ACDC que será em fevereiro de 2010 já tinham sido todos vendidos. Eu não sei se consigo planejar uma viagem com mais de 6 meses de antecedência!

Alguém me ajuda? A decidir pra onde eu devo ir, a planejar, como compro os ingressos, me faz companhia?

Um pouco mais de Gili

Gili também é famosa pela ausência de policiamento. Se na Indonésia o porte ou consumo de drogas tem uma punição severa, dizem que nessas 3 pequenas ilhas o risco é mínimo.

Juro que não vi ninguém que parecesse sob efeito de algum tipo de droga ilícita, mas as plaquinhas estão lá pra todos verem. Das mais simples às super criativas.

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E a segurança?

A confusão de Bali às vezes assusta pela irresponbilidade. Brasileiro tá acostumado com jeitinho, um “migué”, algo fora do lugar que tá todo mundo vendo e não faz nada, mas juro que fiquei impressionada com algumas cenas.

O abuso total com os bichos é revoltante e claro que não tenho foto de nada que remeta a isso. Fiz alguns registros de irregularidades, perigosas até, mas curiosas.

Olhem aí!

Eis um posto de gasolina

Eis um posto de gasolina

Dá pra escolher a marca

Dá pra escolher a marca

Do trânsito eu já escrevi… O que acham dessas fotinhos?

Daqui já assusta

Daqui já assusta

E agora?

E agora?

Comendo em Bali

Eu sou comilona :-D. E programa obrigatório em viagens é comer o que o povo de lá come ou nos oferece (mas nem tudo). Em Bali eu me dei muito bem.

Um dos pratos oficiais é arroz frito com frutos do mar e um ovo frito por cima, pode ser de massa também ou apenas com vegetais. Essa é de longe a comida mais popular e barata e qualquer warung tem. Sempre apimentado, mesmo que na hora de pedir a gente diga “no chilli” – não tem jeito! Depois de uns dias cansa e nem variar entre arroz e massa adianta, já que o tempero é sempre o mesmo.

A foto abaixo é de um autêntico Nasi Goreng (o arroz), que todo tapado pelo ovo fica com um visual estranho. A versão com massa é chamada de Mi Goreng.

Nasi Goreng

Nasi Goreng

Tradicional também é o maravilhoso barbecue de frutos do mar. Na maioria dos restaurante é possível escolher cada peixe, camarão e outras delícias que se quer comer. Depois de escolhido, o assador espalha tudo na grelha. A nós, resta comer até cansar com uma variedade de molhos que são oferecidos como acompanhamento.

Escolhendo os peixes

Escolhendo os peixes

Vai um camarão?

Vai um camarão?

Lagostas

Lagostas

As imagens acima são de um restaurante em Jimbaran. A vontade de comer era tanta que nem tirei foto do resultado final. Dias depois lembrei disso em Gili e tirei a foto abaixo.

Uma amostra do prato pronto

Uma amostra do prato pronto

Mas comer em Bali não precisa se restringir às comidas locais. Aproveitando que é um lugar super barato, a gente pode apostar em outras especialidades. Eu, que adoro uma comida japonesa, não podia deixar de provar um maravilhoso sashimi de peixes que a gente nem deve ter por aqui. Particularmente, eu só conhecia o atum, mas os outros estavam deliciosos também.

Delícia de sashimi

Delícia de sashimi

Ah, falando em preços, na beira da praia em Jimbaran, o barbecue, que tinha peixe, camarão gigante, lagosta e muita cerveja, saiu uns R$ 35,00 por pessoa. A janta japonesa com entrada, sushi e sashimi até cansar, sobremesa e cerveja, deu R$ 30,00. Já os tradicionais Mi Goreng e Nasi Goreng custam em média R$ 5,00.

O mar em Gili

O principal atrativo em Gili não poderia ser outro: o mar!

É difícil ficar longe dele. Eu nem mesmo andei nas ruas de dentro da ilha. Não faço idéia do que há naquelas bandas. Eu não fiquei só perto do mar, na verdade eu passei horas dentro dele. É uma delícia, é quente, limpo, clariiiiiinho e com muitos peixes pra serem vistos.

Alugar um kit de máscara, pé-de-pato e snorkel é super fácil e te garante horas de diversão ali mesmo em frente ao lugar onde se pega sol 😉 Vale a pena também dar a volta nas 3 ilhas de barco, parando em diversos pontos para mergulhar, com snorkel mesmo. O passeio dura umas 6 horas, com pausa para o almoço numa das outras ilhas. Pra quem curte fazer um mergulho com cilindro há diversas empresas especializadas na ilha, mas essa não é a minha praia.

A beira da praia, visto de dentro d´água

A beira da praia, visto de dentro d´água

Essa sou eu dentro d´água

Essa sou eu dentro d´água

Peixinhos na hora do almoço

Peixinhos na hora do almoço

O fundo do mar

O fundo do mar

Gili

As 3 pequenas ilhas que fazem parte de Lombok, ilha vizinha a Bali, são uma demonstração de como o paraíso pode ser. Ok, eu amo praia e por isso acho que no paraíso tem praia, mas é difícil não gostar de Gili.

Para chegar a Gili só de barco mesmo, eu fui de Bali pra lá numa lancha rápida que levou aproximadamente 1 hora e meia. O conjunto de ilhas é formado por Gili Meno, Gili Air e Gili Trawangan, essa última onde fiquei hospedada e curti dias maravilhosos.

Descendo no porto já se está no meio das pousadas e rapidinho é possível escolher entre várias opções de bungalows charmosos ou quartos bem simples. São ilhas pequenas, sendo possível dar a volta caminhando mesmo – por lá os meios de transporte disponíveis são a bicicleta e algumas charretes, mas eu acabei fazendo tudo a pé. Todos os dias a gente deveria agradecer por existir um lugar no mundo com água tão limpa, sem carros, comida saborosa… tudo-de-bom como Gili. Eu devo agradecer muito mais por ter ido até lá.

Gili encanta pela sua beleza e também pelo conforto à beira mar. Do café da manhã ao jantar é possível se atirar em espreguiçadeiras de bamboo ou enormes futtons, bastando escolher o melhor ponto da praia para cada momento. Durante o dia, o pessoal, especialmente os enormes grupos de australianos que frequentam a ilha, ficam em frente aos bares com música curtindo o sol e o mar por hooooooras.

Areia branca, mar azul

Areia branca, mar azul

Uma piscina, não?

Uma piscina, não?

O pôr do sol é um show a parte. Do local preferido dos banhistas não é possível ver o pôr do sol, mas dando uma caminhada para o outro lado da ilha chega-se a diversos bares preparados especialmente para te receber no fim de tarde. Nas tardes em que fiz isso, por indicação de um guia de viagem, me instalei no Karma Kayak e recomendo!

Gili é encantador e agrada solteiros, já que tem uma boa concentração de gente bonita, e casais, tendo programas pra todos os gostos (como isso é possível num espaço tão pequeno nem eu sei explicar). O astral do Karma Kayak é totalmente preparado pra casal. Espreguiçadeiras confortáveis, um lampião pra quando cessa a luz do sol e uma fogueira, tudo acompanhado de deliciosas tapas e muita Bintang.

O espetáculo dura um tempo considerável, já que as mudanças de cor no céu impressionam a cada minuto. É possível ver claramente o vulcão de Bali, que completa o visual divinamente. Como sou abençoada, a lua também mostrou seu valor 😉

Pôr do sol multicolorido

Pôr do sol multicolorido

O vulcão de Bali e a lua no canto superior direito

O vulcão de Bali e a lua no canto superior direito

Gili tem tantas coisas (e eu vou escrever muito mais) e surpreende muitas vezes. Só lá mesmo para eu ser acordada todas as madrugadas ouvindo orações. A ilha é muçulmana, como grande parte da Indonésia, e é possível escutar as orações na mesquita de quase toda a ilha, inclusive na madrugada. Claro que não dura a noite toda, eu chutaria uns 30 minutos, mas essa parte eu dispenso.

Bali

Claro que eu esperava um clima mais “ilha remota”…. nada disso, é uma cidade… ou várias. Bali é uma confusão de carros, muito barulho e gente de todos os lugares. Achei que iria de uma praia a outra andando, fazer várias caminhadas, mas lá o carro é indispensável. Os corajosos – ou melhor, os sem noção – optam pelas motos.

Bali é grande, mas nem tanto, o que deixa tudo mais distante é a quantidade de gente que circula pra todos os lados o tempo todo e deixa o trânsito muito lento.

A pequena península no sul de Bali concentra praias lindas e por ali é possível ficar vários dias sem querer sair de perto, mas já que estamos do outro lado do mundo, devemos circular, conhecer Bali de diversos pontos.

Em Bali se vende quase tudo, mas às vezes faltava um saquinho de paciência pra ajudar. Andar 10 Km pode levar incríveis 90 minutos, isso mesmo, 1 hora e meia. Um vilarejo a 45 Km das praias, não fica a pouco mais de meia hora, mas sim 2 horas e meia. É preciso um bom planejamento para não perder o dia. Sair às compras pode significar um dia sem praia, mesmo que a idéia seja só umas 3 lojinhas.

Quem sabe vamos jantar numa outra praia? O melhor é fazer um lanchinho antes de sair 😉

A primeira praia em Bali a gente nunca esquece

Apesar de me hospedar inicialmente em Padang-padang, a primeira praia que fui em Bali foi Balangan.

De cima do morro

O visual da chegada

A primeira impressão é maravilhosa. Água clara, com ondas alinhadas e perfeitas, grama verde e vários coqueiros. Balangan tem a infra-estrutura que eu considero essencial numa praia perfeita: pouca gente, espreguiçadeiras confortáveis e guarda-sol gigante – eu odeio aquela função de ter que carregar a casa junto, além de não conseguir passar muitas horas no sol direto.

Chega-se na praia pela parte de cima dos morros, onde deixa-se o carro estacionado. A descida é por uma escadaria de concreto, sem nenhuma dificuladade (a não ser que tu tenhas que subir por esta escada ao meio-dia com o sol escaldante). Já no caminho, entre os coqueiros, dá vontade de parar ali mesmo, mas claro que o melhor é ir aproveitar na areia.

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Descendo para a praia

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Neste canto de Bali as praias são cercadas por grandes morros de pedra

O banho de mar é mais fácil no canto esquerdo da praia, onde tem menos ondas e quase nada de corrente. Com a maré seca fica mais complicado em qualquer parte, já que as pedras do fundo podem te machucar num mergulho ou tombo.

Balangan tem diversas opções de warungs, que na minha definição são uma mistura de restaurante e pousada, com uma variedade de sucos de frutas fresquinhas e pratos tradicionais de frutos do mar. São eles que fornecem a infra da beira da praia, que pode ser cobrada ou não, dependendo do que cada um consumir durante o tempo que permanecer. Lá também é possível ficar hospedado de cara pro mar, que infelizmente acabei não aproveitando nenhuma noite, mas pra quem gosta de dormir com o barulinho do mar parece perfeito.

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Muitas espreguiçadeiras acompanhadas do guarda-sol

Paixão à primeira vista ou não, esta foi a praia que mais frequentei. Várias manhãs e tardes de muito banho de sol e mar e um pôr do sol arrasador. Sempre tive verdadeira fascinação por ver isto ocorrer no mar e Bali tem lugares pra apreciar este acontecimento aos montes.

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Que achou deste pôr do sol?

Em Balangan a maior parte dos frequentadores são os surfistas e pra eles farei um post só sobre o surf no local.

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Depois, um post só pro surf

Aterrisando em Bali

A chegada em Bali é um misto de curiosidade, expectativa, calor, atenção, tensão e muita paciência.

Do saguão do aeroporto até o estacionamento são várias as abordagens perguntando se tu precisas de transporte. Quanto mais tu caminha, mais barato fica o valor do taksi, mas nenhum quer ligar o taxímetro.

Logo que saí do aeroporto o trânsito já demonstrava o seu estilo. Muita moto, buzina e pouco respeito por parte dos motoristas. As ruas são apertadas e bem movimentadas.

Meu primeiro destino foi Kuta, mas apenas para jantar, já que cheguei tarde e lá seria fácil encontrar restaurantes abertos. Bom, é lá que a confusão impera. Música alta dos bares para a rua, com o som de vários deles se misturando, pessoas caminhando de um lado pro outro, meninas convidando pra entrar nas festas…

De boa impressão ficou o restaurante escolhido, comida boa, ambiente legal e bem barato – como em todos os outros que fui. Kuta apesar de ser o destino principal daqueles que querem apenas fazer festa, também parece ter boas opções para uma jantinha mais tranquila (ainda assim com música alta), pelo menos eu me dei bem na escolha.

Claro que eu tava cansada e a parada lá não passou da janta. Bora pra Padang-padang se instalar!

Alguns dias de silêncio

Viajar é algo que me faz tão bem, que desligo de quase toda a rotina. Os vinte e poucos dias viajando foram maravilhosos e teve um pouco de tudo: praia, cidade, ilha, carro, barco, avião, moto, peixe, camarão, lagosta, água quente, gelada, doce, salgada, sol, pôr do sol, calor, mar, ondas, surf, mergulho… O que rolou bem pouco foi acessar a Internet.

De volta ao mundo real, vou apanhar minhas anotações e publicar aos poucos o que se passou em Sydney, Bali, Sumbawa, Gili e, com uma participação especial no blog, G-Land.